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domingo, 30 de outubro de 2016

Carlos Roberto de Oliveira

Conheci Carlos Roberto no início da década 90. Fui morar no Edifício Vancouver no bairro Manaíra, onde ele também morava. De início começamos uma amizade que durou até hoje, quando ele partiu para outro plano. Que Deus o tenha em paz.

Profissional de marketing, intelectual, visionário e empreendedor nato, Carlos Roberto era uma pessoa irrequieta. Sendo eu também um profissional de marketing, nossa amizade tornou-se também parceiros de negócios. Realizamos vários projetos de marketing e pesquisas políticas e eleitorais. Prestamos consultoria a vários candidatos a cargos eletivos, tanto no estado da Paraíba quanto em Pernambuco.

Muitas vezes na boca da noite começávamos uma conversa sobre a situação política da Paraiba e do Brasil e ia até às 23:00 quando percebíamos o horário atingido. Defensor do ex-presidente Lula e eu contrário, nunca chegamos a um acordo, mas jamais ficamos “intrigados” por causa de divergências políticas. Era um homem sábio. Outro assunto que motivava nossas conversas eram as viagens por nós realizadas.

Nos dias que antecederam seu falecimento, nossa conversa girava em torno da gente, juntos, publicarmos um livro sobre nossa experiência em marketing e pesquisa, pela editora que ele tinha criado e, que vem fazendo um sucesso editorial, chamada Pátmos. Aliás todos os empreendimentos que ele entrava sempre foram sucesso!


Deixa saudades e lembranças!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Quem não é visto, não é lembrado

Tenho como rotina pelo menos,  uma vez por semana, visitar uma livraria. As vezes adquiro ou não livros que me interessam, mas pelo menos fico atualizado!

Pois bem, ontem fui a uma livraria no Shopping Manaíra e presenciei uma ação de marketing que era, até alguns tempos atras, só usadas em supermercados e lojas departamentais.

Todo profissional de marketing sabe que todos os esforços da equipe vendas são para atrair à atenção do cliente no processo decisivo de compra. A ilha de livros na livraria visitada é uma ação de marketing eficiente. Até porque perguntei ao gerente como estava a saída dos livros em exposição. Ele me confessou que eram os mais vendidos.

Todo produto ou serviço para ser vendido tem que ser colocada na vitrine. Já dizia a sabedoria popular, ou seja, quem não é visto, não é lembrado. A ilha (merchandising) é um espaço natural onde ficam expostos os produtos, seja definido por marca ou por categoria. No caso em referência era por categoria - livros sobre a Lava Jato. Fiquei impressionado com o volume de exemplares, não duplicados, mas de editoras diferentes e, principalmente, autores de matizes contraditórios, apesar da maioria ser a favor da operação em andamento. Lendo as contracapas o leitor fica estarrecido com os fatos narrados sobre corrupção, conceitos de éticas, falsidades ideológicas, mentiras escabrosas, ocultação de informações, falácias, enfim, um caso para estremecer a democracia do país, o que vem realmente acontecendo.


Recomendo adquirir alguns exemplares. Eu pelo menos comprei os seguintes: “Operação Mão Limpas”, “Sérgio Moro” de Joice  Hasselmann e “Lava Jato” de Vlademir Netto.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Após ser rejeitado por agência, bebê com síndrome de Down inspira campanha

A norte-americana Meagan Nash achou que um casting de modelos seria uma maneira divertida de mostrar ao mundo o filho, Asher Nash, que tem síndrome de Down. 
Porém, saiu do teste decepcionada ao ouvir, da agência de modelos, que eles não precisavam de uma "criança com necessidades especiais". 

Meagan, no entanto, não ficou quieta e procurou a Kids With Down Syndrome (Crianças com Síndrome de Down, em tradução livre do inglês), uma associação dos Estados Unidos que trata da inclusão na sociedade das crianças com essa condição. A mãe e a organização criaram, então, uma campanha incentivando marcas infantis a contratarem Asher como modelo para suas ações publicitárias. 

"Esse bonitão está pronto para mostrar sobre o que se trata a mudança dos padrões de beleza", diz o pedido publicado na página no Facebook da Kids With Down Syndrome. O post já foi compartilhado 114 mil vezes e teve cerca de 94 mil curtidas.  


Meagan disse, em entrevista ao site americano "The Mighty", que a campanha pode ajudar a valorizar outras crianças com deficiências. "Eles são seres humanos incríveis, e quero que as empresas ajudem a modificar a percepção do mundo sobre isso", falou. 

Fonte: UOL de São Paulo

domingo, 16 de outubro de 2016

Cine Boa Vista - Recife


Cine Boa Vista
Nos fins da década de 60 sai de Patos para estudar em Recife. Fiz o 2o. e 3o. anos do curso científico no Colégio Padre Felix, que ficava localizado na Avenida Conde da Boa Vista. Concluído o curso fiz vestibular e me graduei na Universidade Federal de Pernambuco (1972). 

Morava na esquina entre a Avenida Conde da Boa e a Rua Dom Bosco, num quitinete que foi apelidado de ¾, pois só tinha uma sala é um banheiro. Moravam também em outros quitinetes vizinhos, amigos de Patos. Constituíamos uma família patoense. Bons tempos! Ao final da Rua Dom Bosco com a Avenida Manoel Borba, ficava o cinema Boa Vista. 

O local era um dos mais frequentado da cidade, pois lá também ainda está localizada a Praça Chora Menina. Em frente ao Cine Boa Vista ficava a lanchonete do português, onde várias vezes tomei café da manha lá e, aproveitava para ler o Jornal do Commercio. Nas quintas-feiras, após o treino de futebol de salão que participava na quadra da CHESF, tomava banho e direto para o Boa Vista. 

O cinema tinha todas as características de uma sala de bairro. Todos se conheciam, desde os bilheteiros e porteiros até os expectadores. A entrada era mais barata do que os outros cinemas do centro como o São Luiz, O Moderno e o Art Palácio. Era, na verdade, o cinema dos universitários de moravam no entorno do bairro da Boa Vista. Lá assisti vários filmes de faroeste e chanchadas nacionais, além de filmes dramáticos e de romances. 

Boas lembranças e saudades!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A dimensão do estrago


Consultor Francisco Madia
Um macaco louco e drogado numa loja de cristais provoca menos estragos que um incompetente no poder. Foi isso, mais ou menos isso, que aconteceu com o Brasil nas gestões DVR, e no segundo mandato de LILS. Vocês sabem de quem estou falando. Por favor, me poupem do sacrífico e do constrangimento em ter que escrever o nome por inteiro desses irresponsáveis.

O desastrado no comando leva o navio para onde quiser. Muito especialmente se tem em seu séquito um time meia boca de oportunistas e igualmente incompetentes e desastrados. Muitos absolutamente amorais. E assim o navio Brasil foi jogado contra as ondas e a correnteza por pessoas que estupidamente acreditavam poder tudo. E deu no que deu.

No meio das intempéries e dos balanços uma empresa com mais de 60 anos de história, e referência em seu território de atuação.

“Fundada em 1952, pelo romeno José Nacht, a Mills começa a importar tubos e demais equipamentos tubulares da Echafaudages Tubulaires Mills. É o início da Mills, pioneira em andaimes tubulares e escoramento de aço no Brasil. Na época, os andaimes usados no país eram feitos em madeira, o que resultava em desmatamento e falta de segurança aos trabalhadores. No mesmo ano de sua fundação, a Mills fecha a sua primeira grande obra: a cúpula da Catedral da Sé, em São Paulo…”. Assim começa a história da Mills em seu portal na internet.

Corta agora para a revista Dinheiro de número 984, 14 de setembro de 2016, onde Cristian Nacht, presidente do conselho de administração da empresa fundada por seu pai, concede entrevista para Eduardo Valim: “Levamos meio século para chegar a um valor de mercado de R$ 150 milhões, e apenas oito meses para subir para R$ 3,5 bilhões.”

Desde o início a Mills pontificou pela sua competência em suprir as principais empreiteiras e construtoras do país com seus equipamentos. Era, e ainda é, uma referência no mercado imobiliário. Suas máquinas prestaram serviços em 10 dos 12 estádios da Copa.

Fornecedores fornecem. Se os fornecidos crescem e prosperam os fornecedores “surfam” na onda. Não deveria ser assim, deveriam ser mais cautelosos, mas a tentação é grande e resistir praticamente impossível. E como dizer-se não a um parceiro de sempre e de todas as horas? E assim a Mills mergulhou na “onda bolha de prosperidade” produzida a custa da irresponsabilidade fiscal e de um plano de tomada do poder.

Na matéria,  Cristian Nacht descreve aquele momento: “Era uma montanha russa que só subia e subia… até que chegou a hora da queda”.

Desde 2015, a família luta para salvar a empresa. Com o cancelamento ou suspensão das obras os equipamentos alugados pela Mills começaram a ser devolvidos. São mais de 6 mil máquinas pesando 120 mil toneladas que deixaram de produzir receitas, paradas, e gerando despesas. Segundo Tomas Nacht, filho de Cristian descreve os cenários que imaginaram: “Fazíamos análises com cenários bom, realista, ruim, péssimo e terrível. O resultado veio pior que a previsão terrível”.

A crise será superada. Com a contribuição de todos os cidadãos construiremos um NOVO BRASIL. Mas sério, profissional, consistente, responsável. E, seguramente, a Mills reencontrará seu melhor caminho. Ainda que para se salvar tenha tido que sacrificar, como diz Cristian, todas as gorduras, depois a carne, e talvez parte dos ossos. O time de 10 diretores foi reduzido a 5, vendeu sua unidade industrial, demitiu mais de 800 pessoas, e substituiu parte da equipe de executivos por profissionais com perfil mais adequado a chuvas, trovoadas, tempestades e vendavais.

A Mills é apenas uma. Uma de milhares. Que por não estar na linha de frente e por honrar os serviços e as parcerias com seus clientes mergulhou junto no abismo. E que agora, com coragem e generosidade, compartilha com todas as demais empresas sua trágica experiência. Cristian finaliza a entrevista, afirmando, “A crise serviu, pelo menos, para ser menos arrogante, e não achar que nasci para ser bem-sucedido”.

Que a lição sirva para todos nós. Que é insuficiente ser um país abençoado por Deus e bonito por natureza. Assim continuará se não formos capazes de transformar esse extraordinário ponto de partida e potencial, num país de verdade. Muito especialmente, se não tivermos discernimento e sensibilidade para confiá-lo a mãos hábeis, capazes e honestas.