segunda-feira, 31 de agosto de 2020
sábado, 29 de agosto de 2020
Gordos x Magros
Em Patos, há muitos anos atrás, na semana pré-carnavalesca era realizado um jogo de futebol entre os amigos gordos e magros. Papai que hoje (29) é o dia de seu nascimento, era um dos líderes do time dos gordos.
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Nossa experiência com o Covid19 nos Estados Unidos
Como de costume, há algumas décadas, na segunda quinzena do mês de janeiro, começamos planejar aonde vamos passar o aniversário (11 de março), da nossa querida filha – Raquel. Essa é uma das nossas formas em revigorar os laços familiares. Apesar de já conhecer, a aniversariante, escolheu New York, além de uma esticada até Boston, onde revisitaríamos, principalmente, a Harvard University.
Como já era costume, sempre antes de viajarmos, para o exterior, tomamos um remédio para vermes, que por feliz coincidência, a Ivermectina. Jamais imaginamos que tal atitude, preventiva, um dia, seria tão benéfica, principalmente, frente ao que estava para acontecer e que ninguém no mundo, imaginava possível, especialmente, naquele momento que tudo parecia tão normal e calmo.
Logo no início de janeiro de 2020, a imprensa brasileira, noticiou, que em dezembro do ano recém-findado, em Wuhan, cidade localizada na China Central, estava surgindo um novo coronavírus, causador de uma gripe, acompanhada de uma séria complicação pulmonar e com alta incidência de óbito, em especial, nos chamados grupos de riscos, como, idosos, diabéticos, obesos etc.
Nós e nem ninguém não demos a menor importância, pois, jamais imaginava que àquela doença, a COVID19, se transformasse numa pandemia, que viria a marcar a história da humanidade, em antes e depois dela.
Como a China fica distante e, não havia evidências, até então, que tal patologia iria chegar ao Brasil e muito menos, ao todo poderoso EUA, em primeiro de março viajamos rumo a mais uma gostosa aventura, em família.
Coincidentemente, naquela data, ocorreu o primeiro óbito no Brasil, vítima do Covid19. Vale ressaltar, que desde o mês de janeiro a OMS anunciava a possível pandemia tendo como origem o vírus chinês.
Embora o Presidente da República, já no início de fevereiro, tenha sancionado uma lei com medidas preventivas e emergenciais para prevenir uma possível pandemia, haja vista a realização dos festejos de momo, alguns governadores e prefeitos, interessados no evento carnavalesco, que atrai milhares de turistas nacionais e estrangeiros, não deram a importância que o fato requeria. Resultado, o desastre não se faz mais necessário comentar. Samba e frevo são mais importantes do que vidas !
Eu, Ângela e Raquel e apenas, mais quatro passageiros, usávamos mascaras, como recomendado pelas autoridades sanitárias, ao tomarmos o avião no aeroporto Castro Pinto, em João Pessoa, com destino a São Paulo. Viramos motivos de comentários pelos demais passageiros e tripulantes. Praticamente, ocorreu o mesmo fato no percurso São Paulo / New York. Aeronave lotada e menos 30% dos passageiros com máscaras, enquanto, a tripulação ignorava tal recomendação.
Em New York, no Sheraton Hotel, poucos hóspedes usavam máscaras e luvas descartáveis. Não existia álcool gel à disposição dos hóspedes e funcionários, bem como, nenhuma recomendação da gerência do hotel sobre o Covid19.
Nós e os outros “fantasiados” éramos constantemente observados como alienígenas! Ironia do destino. Brasileiros mascarados, americanos nem aí. Vale ressaltar que as emissoras de televisão, principalmente a CNN noticiavam constantemente sobre a pandemia e destacavam a presença, nos EUA, do Presidente Bolsonaro e comitiva e a possibilidade dessas autoridades serem portadoras do Covid19.
Optamos por realizar passeios turísticos a locais abertos e com pouca aglomeração, como ao Central Park; Wall Strett e Touro de Bronze; Rockefeller Center etc., e mais algumas cidades no entorno de New York, como, New Jersey, Newport e Station Island.
Cinco dias após nossa chegada, foram fechados os museus, teatros e cinemas da
Broadway. Os restaurantes, bares e os famosos quiosques que servem o tradicional
cachorro quente da cidade continuaram abertos normalmente, assim como as lojas
departamentais, de souvenir e demais estabelecimentos comerciais.
No dia do aniversário de Raquel viajamos para Boston. Alugamos um Urbe que para nossa surpresa, tinha a disposição álcool gel, mascaras e luvas. A viagem foi tranquila e proveitosa, especialmente pela linda paisagem oferecida pela mãe natureza.
Em Boston, ficamos hospedados no Hyatt Hotel; que diferente, do hotel de New York, oferecia materiais preventivos, embora, só alguns hospedes e funcionários fizessem uso.
Na cidade, começamos a sentir o ambiente diferente. Pouca gente nas ruas e sem proteção, alguns estabelecimentos comerciais, teatros, cinemas etc., fechados e circulação de barcos (taxi) limitados. Enfim, uma preparação para o famigerado lockdown.
Certa manhã, com os termómetros apontando para 2 º graus, ao descermos, para tomar o café, bem agasalhados devido ao frio, notamos pouca gente no restaurante. Mais ou menos, trinta profissionais da companhia Emirates Airlane. Todos, devidamente “paramentados”. Quando saímos do restaurante a gerente do hotel, muito educada, nos perguntou se estávamos doentes e, caso positivo, o hotel nos disponibilizaria médicos. Evidentemente, afirmamos que não e, saímos para passear bastante preocupados.
De volta ao hotel vimos que o serviço de quarto não tinha sido realizado. Ligamos para recepção e fomos informados que a partir daquele dia, estavam suspensos tais serviços por questões sanitárias e recomendação do governo americano. Mais ainda, o café da manhã, também só seria servido no quarto. Informaram, ainda, que deixariam, à porta do apartamento, lençóis, toalhas e material de higiene, além de sacos plásticos, pretos, que deveriam ser lacrados e deixados à porta, após colocarmos os utensílios usados, para que fossem recolhidos. Haja estresse!
Retornamos a New York e lá permanecemos por dois dias, até o nosso regresso para o Brasil, no dia 17 de março chegando no Brasil no dia 18. Há essas alturas, os mesmos procedimentos adotados, em Boston já estavam valendo, em New York. A vontade era mesmo de voltar, inclusive pela pressão dos familiares e amigos. Passamos mais tempo no hotel, do que passeando, grudados nos canais de televisão, que só se referiam ao COVID19.
Chega o dia da volta e com o objetivo de evitar a aglomeração da classe econômica,
Alguém, não se sabe quem, se um passageiro ou membro da tripulação, deu um calmante, e logo depois, ele dormiu, só acordando para tomar o café da manhã, já sem tossir. Por fim, chegamos ao Brasil. Um alívio! Viva a vida! Saúde!