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terça-feira, 10 de março de 2015

Sintra - Portugal

Passear pela ruas estreitas, tortas e de paralelepípedos por Sintra é deslumbrante. As lojas com suas vitrines repletas de curiosidades e objetos tradicionais chamam a atenção dos visitantes. Objetos pintados à mão e produtos de cerâmicas atraem os turistas. O atendimento dos lojistas é muito bom. Vale o passeio pelas ruas da cidade.

O Palácio da Pena é um dos mais extravagantes do país, talvez do continente. Erguido no topo da Serra de Sintra, a 500 metros de altitude, apresenta uma miscelânea de estilos que, curiosamente, terminam por apresentar um belo resultado. Os últimos reis portugueses, principalmente D. Carlos I e a esposa D. Amélia, aproveitaram bastante essa residência real. Sua construção foi, na verdade, um capricho de D. Fernando II que, em meados do século 19, transformou um antigo mosteiro no colorido e rebuscado palácio. Os ambientes estão recuperados fielmente, como se a Corte ainda habitasse a moradia. A mesa de jantar, por exemplo, se encontra posta com pães de verdade sobre os pratos.

Do largo em frente ao Palácio de Sintra avistam-se sinistras ameias de um forte inacessível. Essas são as ruínas do castelo dos mouros, silencioso marco da ocupação árabe na região. A ampla vista da região que se tem do alto de suas muralhas sempre lhe fora estratégica, mas hoje encantam os turistas.

Sobre as fundações de edificações árabes, ao longe o palácio é facilmente identificado por seu inusitado e robusto par de chaminés cônicas das cozinhas, de 33 metros de altura. Refúgio de verão da monarquia lusitana desde a época de Dom Dinis (1261-1325), que foi quem lhe conferiu as primeiras formas definitivas, passou por sucessivas e marcantes reformas, com cada soberano imprimindo seu estilo, sob os estilos gótico, mudéjar e manuelino. Seus interiores são igualmente belos, com um eclético acervo de artes decorativas e preciosa coleção de azulejos mouriscos.

O pequeno Palácio de Queluz fica a meio caminho de Sintra. Tem um valor extra para os brasileiros: abrigou a família real antes da fuga histórica para o Brasil em 1807. Aqui estão os aposentos de Carlota Joaquina e o quarto onde nasceu e morreu o nosso D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal), decorado com cenas de Dom Quixote. É uma versão pequena do venerado Palácio de Versalhes, na França..

O Cabo da Roca, extremo da Europa, é o seu ponto mais ocidental. "Onde a terra se acaba e o mar começa", como definiu o poeta Luís de Camões. Fica na região de Sintra, mas longe do centro histórico. Do alto do penhasco de 140 metros, debruçado sobre o mar e coberto de vegetação rasteira, a imensidão do oceano deixa qualquer um enfeitiçado. Costuma ventar bastante e é bom ter sempre um casaquinho à mão.

A próxima postagem será sobre Cascais e Estoril.



















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