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domingo, 17 de novembro de 2013

Viajar não é só conhecer destinos turísticos


É muito mais. É ampliar conhecimentos, acumular experiências, cultivar relacionamento. É também passar dias de descobertas, viver momentos de prazer, fazendo basicamente aquilo que se quer, o que se gosta. E, a cada dia que passa mais e mais pessoas estão descobrindo que viajar é, antes de tudo, ouvir histórias e, ao ouvir, contá-las, dividindo a experiência com seus amigos e familiares.


Então vamos contar uma historinha a do Peabody Orland Hotel que extraímos do livro “O marketing na era do nexo”, de Longo e Zé Tavares. Trata-se de um hotel quatro estrelas, confortável, que tem um luminoso com a ilustração de um pato canadense na fachada do edifício. A história que cerca o hotel é a de que o antigo proprietário, homem muito rico e sem herdeiros, deixou toda a sua fortuna para uma família de patos de estimação, por meio de uma fundação por ele criada. Desde o dia da morte do milionário, então, os atos e seus descendentes ocupam uma luxuosa suíte na cobertura do prédio e, diariamente, são conduzidos até a fonte central do lobby do hotel para se banhar, nadar e beber água como patinhos comuns. E isso realmente acontece, religiosamente, sempre no mesmo horário do dia: abre-se a porta do elevador e uma simpática família de quatro patos caminha em fila indiana pelo lobby até a fonte, sempre acompanhada de perto por um concentrado mordomo. Ali, os patos herdeiros nadam, se banham, posam para fotos e logo retornam em fila indiana para o elevador, que os conduz novamente para a cobertura. Não é preciso dizer o frisson causados nos hóspedes com a performance dos patos milionários. É um deliro total. O mais curioso que essa história incrível não está escrita em lugar nenhum, nem no site do hotel: é algo transmitido na base do boca a boca a todos os hóspedes, que se encarregam de fazer a lenda reverberar.

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