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sábado, 11 de outubro de 2014

Antônio Ermírio de Moraes

Gosto de ler bibliografias sobre personagens que fizerem histórias, tanto a nível internacional quanto nacional. É um dos meus hobbies Aprendo muito com eles ...

No momento, estou lendo a bibliografia de Antônio Ermírio de Moraes Memórias de um diário confidencial, escrita pelo professor José Pastore, editora Planeta. É rica em detalhes desse homem extraordinário, patriótica, empresário bem sucedido, homem de família, personalidade forte, a aversão a preguiça, o apreço pela disciplina, a simplicidade no vestir e no falar e na objetividade na resolução de problemas.

Segundo José Pastore, Antônio Ermírio todos os domingos escrevia uma coluna no Jornal Folha de São Paulo, durante 17 anos, sem perder um domingo. Em várias de seus artigos ele criou duas personagens, chamadas de Joaninha e Mathias. A seguir uma das passagens dessas personagens com um encontro com o bibliografado:


“Certa vez, os três se encontraram no velório de um amigo. Achando que os dois reverenciavam o falecido, Antônio aproximou-se e ficou surpreso ao saber que ali estavam para conversar descadamente sobre política. O alvo era LULA. Sem papas na língua, Joaninha estava chocada com um partido cuja filosofia se dizia baseada na moralidade e que atuava no sentido oposto. Joaninha, que jamais gostava de dirigente sindical, dizia nunca ter se enganado sobre as pessoas que vivem sem trabalhar. Ela não se conformava com os desmandos que via, depois de ter passado 40 anos transmitindo aos alunos a frase de Thomas Jefferson segundo a qual ‘a arte de governar é a arte de ser honesto’. Mathias, decepcionado, emendou: ‘Eu sou do tempo do ‘rouba mas faz’, e achei que isso tinha acabado”. Virando-se para Antônio, os dois perguntaram em uníssono: “E você só ouve? Perdeu a língua?”. Ele terminou o artigo dizendo: ”Nunca tive tanta vontade de ficar calado: .

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