Gosto de ler bibliografias sobre personagens que
fizerem histórias, tanto a nível internacional quanto nacional. É um dos meus hobbies Aprendo muito com eles ...
No momento, estou lendo a bibliografia de Antônio
Ermírio de Moraes Memórias de um diário confidencial, escrita pelo professor José
Pastore, editora Planeta. É rica em detalhes desse homem extraordinário,
patriótica, empresário bem sucedido, homem de família, personalidade forte, a
aversão a preguiça, o apreço pela disciplina, a simplicidade no vestir e no
falar e na objetividade na resolução de problemas.
Segundo José Pastore, Antônio Ermírio todos os domingos
escrevia uma coluna no Jornal Folha de São Paulo, durante 17 anos, sem perder
um domingo. Em várias de seus artigos ele criou duas personagens, chamadas de Joaninha
e Mathias. A seguir uma das passagens dessas personagens com um encontro com o
bibliografado:
“Certa vez,
os três se encontraram no velório de um amigo. Achando que os dois reverenciavam
o falecido, Antônio aproximou-se e ficou surpreso ao saber que ali estavam para
conversar descadamente sobre política. O alvo era LULA. Sem papas na língua,
Joaninha estava chocada com um partido cuja filosofia se dizia baseada na
moralidade e que atuava no sentido oposto. Joaninha, que jamais gostava de
dirigente sindical, dizia nunca ter se enganado sobre as pessoas que vivem sem
trabalhar. Ela não se conformava com os desmandos que via, depois de ter
passado 40 anos transmitindo aos alunos a frase de Thomas Jefferson segundo a
qual ‘a arte de governar é a arte de ser honesto’. Mathias, decepcionado,
emendou: ‘Eu sou do tempo do ‘rouba mas faz’, e achei que isso tinha acabado”.
Virando-se para Antônio, os dois perguntaram em uníssono: “E você só ouve?
Perdeu a língua?”. Ele terminou o artigo dizendo: ”Nunca tive tanta vontade de
ficar calado: .
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