Fonte: www.carlosromero.com.br
PETRÔNIO SOUTO
Vou procurar ser o mais sincero possível. Quando a orla já estiver saturada e não oferecer mais bons negócios, a indústria da construção civil se voltará para o centro, área que já possui toda a infraestrutura passando na porta. Aí os escombros do que foi comprado bem barato serão removidos para novos empreendimentos.
Por enquanto, a estratégia parece ser "afundar" mais ainda o centro da cidade para que os imóveis continuem a preço de bolo. Diante disso, é rezar para que o Poder Público faça alguma coisa a fim de que seja mantido o que ainda resta numa situação que dê para recuperar depois.
João Pessoa abriga duas cidades: Havana e Miami, e o Mar do Caribe é a Maximiano de Figueiredo. Precisamos (re)unir a cidade. Essa separação aumenta o fosso entre o centro e a orla. Há mil e uma formas de devolver a vida ao centro da cidade, mas não tem havido vontade política para isso. Infelizmente.
Pena que os planos diretores e os códigos afins só tenham servido para colocar os trilhos para o bonde da construção civil deslizar tranquilamente, sem obstáculos... Há décadas que não tem havido amor, afeto, carinho, apreço pela nossa capital. Basta observar as fotos de João Pessoa ao correr do tempo...
No entanto, penso que a mudança não depende da ação desse ou daquele príncipe. Fragilidade econômica da sociedade, ignorância e corrupção destroem cidades e homens. Boa parte da população da Paraíba vive da aposentadoria do INSS e do Bolsa Família. Desse jeito fica difícil mudar para melhor.
Considere que o povo é empurrado para essa situação. O povo não é o culpado, é a vítima. A luz no final do túnel está na formatação de uma excelente escola (escola de verdade!) para nossos filhos e netos; escola que garanta, inclusive, boa alimentação.
Prezado Carlos,
ResponderExcluirÉ muito bom ver qualquer manifestação que demonstre preocupação com o Centro da cidade que está morrendo.
A ADUF-PB, uma vez que a Universidade parece estar morta, bem que poderia promover um seminário sobre a cidade. Tal evento poderia ser aberto ao público em geral e aproximar a categoria docente dos anseios sociais de onde vivemos.
Aloísio Lima - Professor Aposentado da UFPB
Um dos grandes problemas do centro, da cidade, é que a maioria dos imóveis estão tombados.
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