Peter Drucker – Para construir é preciso demolir

Acabamos de ler o livro “A Cabeça de Peter Drucker”, escrito por Jeffrey A. Krames e publicado pela Sextante, 2010. O livro trata de uma entrevista do autor com o professor e consultor Peter Drucker, considerado o inventor da Administração Moderna e um dos maiores – senão o maior – especialista em gestão de negócios. Da nossa leitura extraímos alguns “insights” que descreveremos a seguir.

A vida profissional do renomado professor e consultor sempre foi focada em abraçar o futuro – Visão de Futuro – e descartar o passado. Segundo ele “para construir é preciso demolir”. Para ele não existia dificuldade em demolir, em abandonar o que não dera certo, em deixar para trás o que já não era importante.

Nos seus inúmeros livros e artigos, Drucker defendia a descentralização – processo de delegar decisões aos profissionais que efetivamente executam o trabalho. Esse processo permite a criatividade, inovação e rapidez na busca de resultados, desde que bem geridos.

Uma das principais premissas dele era a de que, primeiro e acima de tudo, administração é prática, diz o autor do livro. Diz também que uma organização, que visa ou não o lucro, eficaz é aquela que tem tudo a ver com organização, participação, desenvolvimento, preparação, desempenho e execução.

“O gestor eficaz é aquele capaz de contratar, demitir, organizar e promover; responsabiliza-se pelos resultados e presta contas deles integralmente; sabe delegar tarefas; toma decisões esclarecidas, depois de considerar todo o horizonte temporal; realmente reflete sobre todos os aspectos e compartilha as idéias; é a pessoa certa para o plano de negócios; pergunta o que precisa ser feito e define prioridades; conclui reuniões com atribuições claras, ao passo que aqueles liderados por gestores incompetentes terminam normalmente sem definições”, ensina Peter Drucker.

Outra lição importante que o professor e consultor Peter Drucker ensina é que “os gestores que são bons executivos cultivam o hábito de fazer as coisas certas, ao mesmo tempo, que protegem a emprega das forças que ameaçam seu futuro”. Que experiência extraordinária e elegante!

Nos seus trabalhos de consultoria, o professor Drucker, sempre gostava de usar a técnica dos “porquês”. Por exemplo: “Para aumentar a produtividade em qualquer organização, os gestores devem avaliar com regularidade seus colaboradores mais importantes, seus pontos fortes e os resultados que conquistam e, em seguida, se perguntar: temos as pessoas certas nos cargos certos? Onde elas podem contribuir de maneira mais eficaz? Temos funções incompatíveis com os objetivos da organização, ou seja, que mesmo quando bem executadas não agregam valor à organização? Como mudar pessoas, cargos e funções para que gerem melhores resultados? E, assim, por diante...