Páginas

quarta-feira, 21 de março de 2012

O "Grande"

 Em uma das pesquisas que realizei quando ainda estava na academia, revelou que a grandeza corporativa raramente aumenta, e mais tipicamente afeta a eficiência da organização. Em outras palavras, a grandeza da organização não implica em eficiência e eficácia. Esta pesquisa tinha como segmento de estudo a área da saúde. As instituições pesquisadas foram Grupos de Medicina. 

Uma das conclusões dessa pesquisa apontava que “às empresas de saúde estão descobrindo que seus colaboradores não conseguem resolver os problemas causados por tamanha cumplicidade”, ou seja, muitas empresas no afã de crescer por crescer começam sair do seu foco principal, construindo outras unidades de negócios que muitas vezes não são compatíveis com seus objetivos básicos (missão e princípios).

Começam diversificar os negócios, esquecidos que seus funcionários e equipamentos atuais não estão capacitados para enfrentar novos desafios. Esquecem também que seus acionistas ou cooperados não compartilham com essas ideias, até porque os acionistas e cooperados, principalmente, querem obter lucros ou sobras, e não prejuízos.

Esta estratégia de “grandeza” muitas vezes parte de dirigentes que querem “deixar sua marca” na organização. É a mania de “ser grande” É o sabe tudo! Tem que satisfazer seu ego em detrimento dos seus pares.

O professor Richard Rumelt da Universidade da Califórnia, em seus estudos, faz apontamentos interessantes sobre a grandeza. Diz ele: “parece que, quanto mais complexa uma organização se torna maior a probabilidade de negócios ineficientes e improdutivos se acumulam nos cantos e escaninhos – e às vezes bem no corredor central”. E diz mais: “Não é nada recompensador para a carreira de um profissional tirar as ervas daninhas do jardim de dentro da empresa. É muito mais fácil e politicamente preferível perambular em volta dela e perturbar os vizinhos”. Pense nisso!

4 comentários: