Presidente Itamar Franco e o Autor na FITUR |
P B T U R
Em 1994, Antônio Mariz foi eleito governador da Paraíba pelo PMDB, com 222 mil votos de vantagens, derrotando assim, a candidata do PDT, Lúcia Braga. No período da campanha, o estado de saúde de Mariz já apresentava sinais de agravamento. Eleito, governou por pouco tempo, pois, veio a falecer no dia 16 de setembro de 1995, na Granja Santana, residência oficial do Governo do Estado; sendo então substituído pelo Vice-Governador José Maranhão, que inclusive, veio a ser reeleito ao final do mandado.
Apesar do curto período de governo, Mariz imprimiu a sua marca de administrar. Para definir sua gestão, criou o slogan Governo da Solidariedade, estabelecendo como prioridade a otimização da rede pública de saúde; a elaboração de um arrojado programa de educação pública; priorizou os salários dos servidores estaduais e centrou grande preocupação na geração de emprego e renda, por meio do Projeto Meio de Vida.
Na mesma linha do ex-Governador Tarcísio Burity, o Governador Mariz entendia que a indústria de turismo era fundamental para o desenvolvimento da Paraíba. Portanto, era indispensável priorizar o setor, mediante a elaboração de planos e projetos estratégicos.
Governador Antônio Mariz (in memoriam) |
Em fevereiro de 1994, estava eu na residência do meu amigo Fábio Rocha, quando este recebeu um telefonema do meu conterrâneo e colega da UFPB, Ronald Queiroz, então Secretário da Casa Civil do Governador Mariz, pedindo para falar comigo.
Em princípio achei que era brincadeira de Fábio, pois, já tínhamos tomado umas doses de uísque, mesmo assim fui atender ao telefone. Realmente era Ronald, me convidando para presidir a Empresa Paraibana de Turismo – PBTUR. Marcamos para nos encontrar no dia seguinte com o objetivo de detalhar as questões pertinentes ao convite. O Autor, Ângela, Tânia e Fábio Rocha |
Na data combinada compareci ao gabinete do Secretário Ronald Queiroz. Após uma conversa inicial sobre Patos, ele entrou no tema da reunião e expressou que o Governador Mariz gostaria que eu assumisse a Presidência da PBTUR. No entanto, havia dois pequenos problemas a serem superados: o primeiro, era o candidato do PMDB, o economista Geraldo Medeiros, que entre outros cargos havia sido secretário de Planejamento e Finanças, Presidente do PARAIBAN, no Governo Burity; o segundo, era que tinha uma corrente, dentro do governo, acusando-me de ser eleitor de Lúcia Braga.
Tremenda inverdade! Tal insinuação era apenas uma disputa dos cargos, o que é corriqueiro, ainda hoje, nos corredores dos palácios.
Essa perfídia foi contestada por pessoas de honorabilidade tais como: o jornalista e então Secretário de Comunicação Walter Santos e Yara Sílvia Mariz Maia, prima legítima do Governador Mariz, pessoa da intimidade de sua casa que gozava de muita credibilidade.
Resolvido o impasse, juntamente com Ronald Queiroz, fomos à Granja Santana, onde o Governador, embora, doente e no leito, nos atendeu por cerca de trinta minutos. Mariz queria substituir a diretoria da PBTUR, cujo presidente da empresa era Saveny Cunha Lima, filho do ex-governador Ronaldo Cunha Lima. Após algumas indagações minhas, ao Governador Mariz, aceitei a incumbência de assumir a Presidência da Empresa Paraibana de Turismo.
Passada algumas semanas, Ronald me comunicou que o PMDB queria Geraldo Medeiros, como Presidente da PBTUR e Graça Marques, na época, Assessora de Planejamento da Paraíba, responsável, também, pela elaboração do PRODETUR I, para dirigir a Diretoria de Administração e Finanças da PBTUR.
Comunicou-me também que meu colega de UFPB, o economista Heitor Cabral, de grande experiência na sua área, responsável por vários projetos para captação de investimentos na Paraíba, tinha sido convidado para assumir a Diretoria de Fomento e Desenvolvimento da PBTUR.
Após as explicações das mudanças nos planos iniciais, Ronald questiona se eu aceitaria a Diretoria de Marketing, já que era especialista na área e ter demonstrado excelente desempenho nas minhas atividades nesse segmento. Depois dos seus argumentos e explicações, aceitei dirigir a Diretoria de Marketing por dois motivos fundamentais: primeiro, ter a oportunidade de servir a um Governo sério que representava a esperança dos paraibanos na construção de uma nova Paraíba. Segundo, era a oportunidade de retribuir diretamente aos conterrâneos com responsabilidade e ética, os meus conhecimentos na área de Marketing.
Definida a equipe que tinha por missão clara e bem focada: manter a ética na gestão dos programas; administrar os reveses políticos; adotar uma filosofia de trabalho empresarial e competitiva; aumentar, no Estado, assim como de outras nações, o fluxo de turistas.
Com o falecimento do Governador Mariz, e ascensão do Vice-Governador, José Maranhão, sabíamos que iríamos encontrar barreiras na condução dos trabalhos, apesar de manter toda equipe técnica das diretorias da PBTUR, a questão estava na definição das políticas do novo governo.
Preliminarmente tivemos que fazer um diagnóstico dos programas e atividades da empresa, bem como dos recursos disponíveis, o que foi constatado que eram poucos e ainda assim rateados entre os municípios, com fins da realização de suas festas de padroeiras. Portanto, sobrava muito pouco para a promoção de eventos turísticos com objetivos de mostrar e vender as potencialidades da Paraíba. O marketing é indispensável para divulgar as belezas de nosso relevo geográfico, de nossa gastronomia, do nosso artesanato e dos demais produtos e eventos.
Era necessário inverter o topo da pirâmide da aplicação dos recursos, uma vez que o objetivo era mostrar que a Paraíba existia e que tinha muito a mostrar e oferecer.
Compramos uma guerra de interesses pessoais e políticos com alguns Prefeitos, Deputados e Senadores, contra os interesses do povo paraibano. Para eles, quanto mais isolada a Paraíba, melhor seria. Nas suas óticas o papel da PBTUR, seria patrocinar “pão e circo”, nas festas das Padroeiras de seus redutos eleitorais, quando os filhos da terra que estavam ausentes vinham visitar os conterrâneos. Esse era o turismo que defendiam.
Foi difícil, mas com pequenos ajustes conseguimos. Com o apoio do Governador José Maranhão passamos a investir em material publicitário, a ser distribuídos nos mais diversos canais de comunicação, em todo território nacional, rompendo, dessa forma, barreiras que impediam levar ao conhecimento da classe turística a existência desse pequeno torrão, situado no extremo oriental, onde o sol nasce primeiro.
Tendo como foco desenvolver um trabalho técnico, começamos a colocar as ideias em prática. A nossa estratégia funcionava em via de mão dupla. À medida que divulgávamos, conseguíamos captar eventos para o Estado, tais como congressos nas mais diversas áreas do conhecimento; feiras nacionais e regionais. A semente estava lançada.
Com o sucesso da primeira etapa chegou a hora de divulgar no exterior. Com base em estudo estatístico de fluxo de estrangeiros em nosso Estado, partimos para investir em feiras internacionais, em vários países: Portugal, Espanha, Alemanha e Itália. Os resultados aos poucos começaram a aparecer. Muitos estrangeiros optaram por visitar João Pessoa, e o “boca a boca”, que ainda é o melhor veículo de propaganda, trouxe diversos investimentos para a Paraíba.
Ganhamos até um prêmio internacional, como no Festival de Cartazes da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde recebemos a premiação no Estoril Clube situado nas proximidades de Lisboa, entregue pelo Ministro do Turismo de Portugal. Foi uma noite apoteótica. Centenas de cartazes de várias partes do mundo concorriam às premiações. A Paraíba foi a grande vencedora e a mídia portuguesa e paraibana deram integral destaque à nossa folhetaria.
Todo o material criado e produzido foi realizado pela Real Publicidade de Comunicação, cujos diretores eram dois jovens promissores e talentosos, os irmãos Joca e Chicó Moura. Gostaria de destacar aqui três criações dessa empresa de comunicação que ainda hoje são utilizadas: as logomarcas da PBTUR, do Iate Clube da Paraíba e do Mercado de Artesanato da Paraíba, sob a nossa orientação quando dirigente dessas entidades.
Premiação em Estoril – Portugal.
Participamos de todos os Congressos da Associação Brasileira de Agências de Viagem – ABAV, realizadas no período de nossa administração.
Marcamos presença durante a nossa gestão, em quase todas as Feiras Internacionais de Turismo da América Latina e. nas principais feiras turísticas da Europa, quando, inclusive, tivemos com a oportunidade de contar com a presença do então Presidente da República do Brasil, Senhor Itamar Franco.
O nosso estande na Feira Internacional de Milão – Itália, ITM foi destaque à parte entre os demais nordestinos pela grande quantidade de visitantes e operadoras de turismo em busca de informações mais detalhadas. Eu e Saulo Barreto, assessor da PBTUR para assuntos internacionais tivemos um trabalho intenso e gratificante. Por convite de várias Empresas italianas participamos de diversos almoços e jantares de negócios.
Outro importante evento que marcou a PBTUR na Paraíba foi à realização da BITN – Bolsa Internacional de Turismo Nordestino, ocorrido em João Pessoa. Até os dias atuais continua sendo um acontecimento ímpar realizado no Estado. As maiores operadoras e agências de viagens dos principais países do mundo estiveram presentes. O jornal Correio da Paraíba publicava diariamente, durante o evento, uma edição em inglês. Foi um grande sucesso comentado pelo “trade” paraibano representando um dos mais importantes eventos promovidos pela Comissão Integrada do Turismo do Nordeste – CTI/NE, constituída pelos nove Estados da Região.
Outra realização foi o Congresso da Melhor Idade que realizamos, um dos pontos altos da nossa administração. O sucesso foi tão grande que a cidade passou a ser conhecida como a “Capital da Maior Idade”. Captamos o evento em Portugal, onde vários países concorriam, inclusive o Brasil, representado pelo Estado do Rio de Janeiro.
Pode-se, hoje, imaginar que a criação do Consórcio dos Governadores do Nordeste, tenha como inspiração a CTI/NE. Preparamos um excelente material publicitário e entramos na disputa sem muita certeza da vitória, em razão, principalmente, da presença do Rio de janeiro na competição. Fomos os vencedores e realizamos um grande evento que ocupou todas as pousadas e hotéis da cidade. O mais importante foi à interação de nossos visitantes com a população local. Afinal, o turismo só é bom, quando é bom, também, para a população residente.
Naturalmente foi estabelecida uma relação expressa por um misto de simpatia, amizade, alegria e, todos os locais que eles frequentavam havia sempre manifestações, algumas inclusive musicais, além dos cumprimentos de boas-vindas. A partir desse Congresso o Turismo da Maior Idade deu um considerável incremento no desenvolvimento do setor no Estado.
Realizamos várias reuniões e almoços de negócios, com operadoras de turismo e agências de viagens, com o objetivo de trazer voos “charters” para a Paraíba.
Várias matérias publicitárias foram veiculadas nas principais revistas e jornais do país. Aqui faço o registro da competência da nossa Assessoria de Imprensa, coordenada, então, pela jornalista Ruth Avelino.
Criamos uma logomarca para PBTUR que atualmente, ainda permanece e sem falsa modéstia, assumo a criação da ideia. O brenfing passado para a agência Real Publicidade vencedora da licitação para atender a empresa, consistia em se colocar os três elementos fundamentais que caracterizam a cidade: o sol, o mar e o verde. Assim, nasceu a logomarca da PBTUR.
Em abril de 1999, após seis meses da minha posse na Diretoria de Marketing da PBTUR, apresentei um plano aos outros diretores da Empresa, onde pretendia fazer uma licitação para a escolha de uma agência de publicidade visando atender nossos objetivos, segundo o foco estabelecido, atrair e conquistar um maior número de turistas, principalmente, dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A ideia era promover um processo licitatório que atendesse as determinações legais, democratizasse e estimulasse a criatividade e a competitividade entre as agências de publicidade da Paraíba. Como já narrei anteriormente, até então, era só uma agência que vinha trabalhando para a PBTUR e, em minha opinião, não vinha atingindo os objetivos do nosso plano estratégico de marketing.
Pela primeira vez na história da PBTUR foi feita uma licitação específica para contratação de uma empresa de publicidade. A ideia não foi muito bem aceita inicialmente, mas conseguimos convencer o Governo após muita negociação com a Casa Civil do Governador (Sólon Benevides) e a Secretaria de Comunicação (Geovani Meireles).
A campanha teve por objetivo criar e produzir peças publicitárias, visando promover a divulgação dos produtos e serviços turísticos do Estado, junto às principais agências de viagens e operadoras de turismo do país, assim como na participação de feiras nacionais e internacionais do setor.
Participaram da licitação, após o cumprimento das exigências formais e legais, três agências de publicidades: Mix Comunicação, Real Publicidade e Antares Comunicação e Publicidade, todas elas de reconhecida competência profissional no mercado estadual.
O processo licitatório foi composta de três fases: criação, arte-final e produção das peças publicitárias, conforme discriminação a seguir: 1) VT de 10 minutos no máximo, sobre o turismo institucional do Estado da Paraíba, dando ênfase às praias, monumentos históricos e sítios arqueológicos, folclore e eventos festivos, como o carnaval fora de época, semana que antecede o carnaval, destacando o desfile do Bloco Carnavalesco Muriçocas do Miramar que sai na quarta-feira gorda, e o São João de Campina Grande, considerado o “Maior do Mundo”. 2) Folhetaria (cartazes, mapas, guias turísticos, bonés, camisas, bottons etc.). 3) O mercado-alvo definido para a apresentação da campanha no País eram os Estados vizinhos e cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás. Em nível internacional, Portugal, Espanha e Argentina.
A Diretoria de Marketing recomendou às agências os procedimentos seguintes: 1) Conteúdo das mensagens: objetivo e de fácil leitura; informações relevantes e impactantes; 2) Visual do material: material produzido em quatro cores, plastificado na sua grande maioria e com bastantes fotos ilustrativas; 3) Posicionamento do produto: posicionar os atrativos turísticos do Estado da Paraíba, como diferencial em relação aos Estados vizinhos.
A Diretoria, informou ainda às agências, que participavam da licitação, os critérios de avaliação das campanhas seriam os seguintes: 1) qualidade estrutural – a atenção que a campanha poderia despertar junto ao público-alvo; 2) qualidade de conteúdo – a persuasão que a campanha poderia causar junto ao público-alvo; e 3) custos orçados – elemento complementar, não necessariamente fator decisório na escolha da agência.
Concluídos os prazos estabelecidos para a apresentação das campanhas por parte das agências, as propostas foram apresentadas publicamente no auditório da PBTUR e julgada pela sua Diretoria. A vencedora foi a Real Publicidade, comandada pelos irmãos Joca e Chicó Moura. Vale ressaltar que essa campanha foi a premiada no Festival de Cartazes em Lisboa na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
Fazendo uma retrospectiva sobre governadores paraibanos que tinham o turismo como prioridade para o desenvolvimento e projeção do Estado no cenário mundial, gostaria de citar em primeiro lugar o Dr. João Agripino Maia, que construiu a obra de maior arquitetura e beleza nacional, no setor, Hotel Tambaú, obra que capital importância para atrair investidores, principalmente nos ramos de turismo e no parque industrial que estava sendo implantado na Capital.
Outrossim, a construção de estradas asfaltadas, como a BR 230, espinha dorsal das estradas do Estado, ligando Cabedelo a Cajazeiras, no Sertão, como forma de facilitar o escoamento de riquezas e o fluxo de turistas visitantes. Estas duas obras são pilares básicos do turismo. Pena que não tenha construído um Porto e um Aeroporto para fechar, com “chave de ouro”, a infraestrutura básica para um Estado desenvolvido.
Se tivesse na época reeleição, com certeza o sertão, hoje, seria uma Las Vegas, com aberturas de Cassinos, principalmente na Estação Termal do Brejo das Freiras. Homem destemido, tanto é assim que na sua gestão embora proibido nos demais estados do país, o “jogo do bicho” permaneceu funcionando no nosso Estado.
Em termos de desenvolvimento avançamos tanto que empresários do vizinho Estado do Rio Grande do Norte vinham conhecer nosso sistema de lojas departamentais, como a Mesbla, supermercados etc.
Outro visionário para o turismo paraibano foi o Dr. Tarcísio de Miranda Burity. Ele defendia a tese de que a redenção do Nordeste era a indústria do turismo e investiu pesado na construção de infraestrutura básica de saneamento, comunicação, vias de acesso, para instalação do maior polo Hoteleiro no Nordeste, localizado no altiplano Cabo Branco.
Seu plano despertou o Estado do Rio Grande do Norte, que politicamente nos dá lição diária, pois lá, os interesses do povo sobrepõem-se aos dos políticos. Um exemplo, foi a implantar um projeto similar, cujos hotéis ocupam a zona Costeira das Dunas.
Cito, ainda, dois exemplos de Turismo bem-sucedidos em municípios praticamente vizinhos do nosso Estado: Triunfo em Pernambuco, linda cidade serrana, com bons hotéis, colônia de férias do SESC, teleférico que atravessa a cidade, mirantes, bares e restaurantes, festivais de inverno no mês de julho, animado carnaval com o bloco das caretas. Quando se escala o pico do Papagaio, avista-se do seu principal mirante, a heroíca e esquecida cidade de Princesa Isabel, um dos berços da história da Paraíba a declarar ser uma República Independente, com todos os documentos históricos de sua constituição e das lutas sangrentas.
Toda essa riqueza turística esta jogada debaixo dos caprichos políticos daqueles que vivem de mudar o nome das cidades, monumentos e ruas do nosso pequeno Estado. Dessa maneira, sem memória e sem história, fica difícil estruturar um turismo cultural, fator de relevância para os povos educados.
Bem próximo a Catolé do Rocha, estão os municípios de Martins e Portalegre no Rio Grande do Norte, municípios serranos, com boa infraestrutura hoteleira, mirantes, bares, restaurantes, trilhas, áreas para esportes radicais, e lá de cima avistamos apenas a beleza natural da região rica e esquecida dos dez municípios que integram a região geoadministrativa de Catolé do Rocha.
Outro exemplo. Como filho de Patos tentei convencer os prefeitos de Teixeira e Maturéia, para juntos criarem um polo turístico no Pico do Jabre, pois a altitude, temperatura, beleza naturais e correntes térmicas são favoráveis à prática de esportes radicais, principalmente voo à vela, a exemplo do município de Bonito no vizinho estado de Pernambuco. Tudo em vão. Há uma falta de compromisso com os destinos da população e, para nossa tristeza, nem um mirante existe em apoio aos amantes da natureza.
Como fruto de nossas investidas no mercado europeu de turismo, com muita luta, conseguimos os primeiros voos charters de Lisboa / João Pessoa; isso já era rotina para Recife e Natal, para nós, um fato inédito. Na época as instalações do aeroporto de João Pessoa já eram deficitárias para os voos domésticos, bem inferiores as dos nossos Estados vizinhos, realidade essa que permanece até os dias atuais, o que é um fator decisivo para o insucesso de um projeto turístico.
Preparou-se uma recepção de boas-vindas com músicas e danças regionais ao vivo, no salão geral com a presença do Governador da Paraíba e do Prefeito de João Pessoa. Era um fim da tarde de uma sexta-feira, quando pousa suavemente no Castro Pinto, o primeiro grupo de turistas portugueses.
Aí começam os improvisos, depois de um voo internacional de longas e estressantes horas a bordo, enfrentar uma fila indiana que se estendia pelo pátio, para passar numa alfândega e na polícia de imigração, onde foram instalados provisoriamente. Para amenizar a situação foi improvisado no saguão uma banda de forró.
No estacionamento do aeroporto era grande a quantidade de ônibus, padrão turismo internacional, a espera do grupo. Uma vez embarcados, rumaram para destinos diferentes: cerca de 50%, foram para Porto de Galinhas/PE; 35%, para Natal/RN e apenas 15% ficaram em João Pessoa/PB.
Nesse jogo prevaleceu à competitividade da hotelaria e opções de passeios entre os três Estados. Já esperávamos que isso acontecesse, os concorrentes, além de infraestrutura muito superior, tinham tradição no mercado.
Com a consciência de dever cumprido e de ter lutado contra forças egoístas, sem compromisso com o bem-estar da sociedade, sem falsa modéstia, deixei registrado a minha contribuição para o desenvolvimento turístico da Paraíba.
Brilhante! 👏👏👏
ResponderExcluirObrigado.
ExcluirParabéns pela sua visão de mundo com relação ao turismo! Um estado bonito como a Paraíba era pra ter muito investimento no turismo! Veja o mar, que sempre digo, mais bonito que o do Caribe! Você que viaja também mundo afora, vê pequenas coisas se transformarem em passeios turísticos nas cidades de além mar!
ResponderExcluirA cidade dos “ dinossauros “ era pra ter mais divulgação! A própria Teixeira, que achávamos “ tão alta” , por que não um mirante como você fala? Uma visão mais cosmopolita por parte das autoridades seria muito bom!
Gilka Wanderley Matos
Pois é. Eu chamo “Miopia de Marketing”.
ExcluirComo me orgulho ser considerado seu amigo , parabéns pela sua visão futurista abraço
ResponderExcluirObrigado.
ExcluirVa em frente meu escritor predileto.
ResponderExcluirRenonilda Rima Mayer Ventura
Obrigado.
ExcluirParabéns por sua visão ! Conseguiu apesar dos " empecilhos " alavancar a possibilidades de abrir portas para nosso turismo. Foi um gigante diante das dificuldades enfrentadas! Abraços!
ResponderExcluirVerdade! Obrigado.
ExcluirA história política da nossa Paraíba, não morre nunca, quando existe pessoas capazes como você para escrever na íntegra os os feitos e acontecimentos que marcaram e não aparam a nossa história
ResponderExcluirParabéns, Pro.Dr. Carlos Trigueiro.
Obrigado.
ExcluirBoa noite Carlos. Muito obrigada por ter me enviado o capítulo 16 do seu livro. Li e reli, achei maravilhoso, você faz o relato minucioso e completo da transformação, da relevância e do nível que sua gestão fez na PBTUR. Fiquei emocionada ao ler e ver as fotos de Geraldo, Ângela e Raquel com você, Graça, Heitor, entre outros e as suas participando das feiras, recebendo premiação, o Diploma Menção Honrosa Melhor Conjunto de Cartazes. Você deu uma grande contribuição com sua visão macro no desenvolvimento turístico do nosso Estado. Parabéns!!👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirZara Medeiros.
Muito obrigado. Todos essas atividades foram sob a liderança do Geraldo amigo. Forte abraço.
ExcluirPrezado Carlos Trigueiro.
ResponderExcluirFiquei feliz e emocionado com seu relato durante sua gestão na diretoria de marketing da Pbtur, pois também, como chefe de gabinete da presidência, pude participar dessa nova e pioneira mudança de postura administrativa da pbtur, objetivando colocar a nossa Paraíba no mapa turístico do Brasil. Tal iniciativa mostra hoje o excelente trabalho realizado.
Parabéns e um grande abraço.
👏👏👏👏🤝
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