Wikinomia

“A única coisa que envelhece agente é o coração”.

É mais uma palavra nova surgindo no mundo dos negócios. Don Tapscott em entrevista as páginas amarelas de Veja (edição de 13 de abril de 2011) define como “a fusão de wiki com economia”. É o princípio da Wikipédia aplicada à economia.

Como sabemos a Wikipédia não tem dono, é feita por mais de um milhão de pessoas e é traduzida em 190 idiomas. Talvez seja maior que a Enciclopédia Britânica.

Dizem os especialistas que a wikinomia será o futuro do marketing. Ela é arte e ciência da inovação colaborativa. Marketing também é uma combinação da arte com a ciência. E, essa combinação, gera a criatividade, a imaginação na busca de atender as necessidades e desejos dos consumidores, princípio básico de marketing.

Vejamos alguns exemplos dessa nova atividade de marketing – wikinomia: “A indústria chinesa de motocicletas é formada por centenas de pequenas empresas que cooperam entre si. Não há uma empresa central, uma sede, uma fábrica nos padrões tradicionais da era industrial. Os envolvidos se encontram em casas de chá ou conversam on-line. Cada um responde por parte do negócio. Um fabrica o sistema de ignição, outro faz os freios, um recolhe o dinheiro, outro opera o marketing do produto”. É realmente impressionante o sistema.

Outro exemplo interessante é da Procter & Gamble: um dos maiores conglomerado de produtos higiene e limpeza está usando a colaboração dos clientes especializados, para aperfeiçoar ou inventar novos produtos. “Começou procurando uma molécula capaz de tirar mancha de vinho tinto de roupa. Em vez de buscar a resposta entre os 7.000 engenheiros químicos da própria empresa, criou um site e foi procurá-la entre os milhões de engenheiros químicos fora da empresa”. O resultado foi bastante satisfatório.

O mundo está mudando, os sistemas privados e públicos têm que acompanhar essas mudanças. Por sinal, Tapscott faz uma referência sobre a política. Diz ele: “Os eleitores votam num dia, mas apenas um governo por alguns anos. Na sociedade pós-industrial (wikinomia), o conhecimento será transmitido não mais de um para muitos, para muitos, mas de um ou de muitos para muitos. Será a era da inteligência em rede, num sistema de colaboração de massa”.  Como diz o Governador Ricardo Coutinho, as “sementes das mudanças” precisam ser plantadas, através da ausculta do povo que o elegeu!. Inclusive eu. E, as redes sociais serão, nem dúvida, a via de transmissão e recepção dos desejos e necessidades da sociedade como um todo. Que as redes sociais seja instrumento efetivo para a coleta de informações para o orçamento participativo, que o relacionamento entre sindicados e patrões seja transparente, que as negociações entre empresários de todos os portes sejam estimulados pelo governo democrático, que sejam transparentes as conversações entre os partidos políticos, inclusive divulgadas nos portais oficiais, que o ‘trade” turístico tenha participação efetiva na política do setor, enfim que o povo (eleitor) seja realmente envolvido em todo o processo das decisões governamentais.

Pensem nisso!