III
Jeca possuía ainda um cachorro, o Brinquinho, magro e sarmento, mas bom companheiro e leal amigo. Brinquinho vivia cheio de bernes no lombo e muito sofria com isso. Pois, apesar dos ganidos do cachorro, Jeca não se lembrava de lhe tirar os bernes. Por quê? Desânimo, preguiça ...
As pessoas que viam aquilo, franziam o nariz.
- Que criatura imprestável! Não serve nem para tirar berne de cachorro ...
IV
Jeca só queria beber pinga e espichar-se ao sol no terreiro. Ali ficava horas, com o cachorrinho rente, cochilando. A vida que rodasse, o mato que crescesse na roça, a casa que caísse. Jeca não queria saber de nada. Trabalhar não era com ele.
Perto, morava um italiano já bastante arranjado, mas que, ainda assim, trabalhava o dia inteiro. Por que Jeca não fazia o mesmo?
Quando lhe perguntavam isso, ele dizia:
- Não paga a pena plantar. A formiga come tudo.
- Mas como é que seu vizinho italiano não tem formiga no sítio?
- É que ele mata.
- E por que você não faz o mesmo?
Jeca coçava a cabeça, cuspia por entre os dentes, e vinha sempre com a mesma história:
- Quá! Não paga a pena ...
- Além de preguiçoso, bêbado; e além de bêbado, idiota, era o que todos diziam.
Continua na próxima postagem. Aguardem!
Continua na próxima postagem. Aguardem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário