Júlio Marques |
Uma grande família é como um povo, para continuar a existir, haverá de conhecer a sua história.
Da vida, não levamos nada. Mas, temos a obrigação, de deixar um legado calcado na virtude. Carlos Trigueiro, com certeza, já cumpriu a sua parte. Já plantou uma árvore, fez filhos e esse não é seu primeiro livro e, certamente, não será o último.
Com uma verve invejável e sem exageros, ele toma a iniciativa de registrar sua autobiografia, para sua descendência para seus amigos, entre os quais, tomo a ousadia, de me inserir e anunciar como parte dessa coleção.
A vida de todo ser humano é uma construção e todos nós, somos o nosso próprio arquiteto. Mas para que a obra seja boa e resistente, só há um Mestre de obras, no qual podemos confiar e que a tudo assiste e nunca nos abandona – é o nosso bom Deus.
Para tirarmos o máximo proveito da vida, temos que cultivar a fé, a coragem, a perseverança e uma família bem estruturada. E, isso, Carlos conquistou.
Como numa estrada, cheia de sinuosidades, com altos e baixos, a vida apresenta ótimas surpresas, mas também, nos prega peças. No entanto, quando nos inspiramos no amor ao próximo, na empatia, na tolerância e na humildade, poderemos vivenciar a sua linda paisagem. Mesmo nas noites mais escuras, não faltará uma estrela a nos lembrar de que Deus existe e, que um novo dia amanhecerá anunciado pelo canto dos pássaros, com novas oportunidades e renovadas esperanças.
Numa atitude de desprendimento e muito estilo, Carlos, resolveu escrever sua biografia, em forma de romance. Mas, romance daqueles que quando começamos a ler, não queremos mais parar, ainda mais, para quem é sertanejo e matuto, como eu. E se não for sertanejo, não tem outra, vai se apaixonar, também. Há momentos que bate até saudade, da “sopa”, dos banhos de chuva, de açude, do bêbado e do doido...
Como não ficar admirando seu pai - Carlos Dantas Trigueiro? Que como verdadeiro vaqueiro, nunca perde de vista seu “gado” e, mesmo quando o aboiava com dureza, o fazia de forma que exalava, no verso de Zé Ramalho, seu amor pelo rebanho. “... Povo marcado é povo feliz”!... Foi-se o vaqueiro, mas seu gado, ainda hoje, balança o chocalho, quando no eco da saudade escuta a sua voz...
Como, não se apaixonar por Mamãe (Nonô) e Amélia (Mamãe)? Como não admirar sua esposa Ângela, sua filha Kell, seus irmãos e toda a sua história? É isso mesmo! Carlos é assim! Todo mundo tem uma mãe, mas Carlos teve o direito a duas. Quer benção maior?
Como não ter vontade de ter compartilhado a vida em Patos, com suas festas universitárias; a praia do Poço, Gaibu, os carnavais etc. Repito, mais do que uma autobiografia, o livro é um romance biográfico.
Mas Carlos é humano, e como tal, e como todos nós, tem seus momentos de lamento e desabafo: “Das provações que já passamos a mais dura foi sabermos que éramos quatro e hoje somos três...” Ora Carlos, me permita à intimidade - ora Ângela, ora Kell, lembrem que como bem disse Adoniran Barbosa, “Deus dá o frio conforme o cobertor”. A vida não é fácil para ninguém.
Enquanto, Deus, doou seu único filho, Jesus Cristo, para salvar os homens, vocês emprestaram Kakito para Deus. O que mudou foi a forma de se relacionarem. Kakito continua vivíssimo, agora, imortalizado no livro.
Sabemos todos que não é fácil. Mas você Carlos é como o umbuzeiro, a árvore que melhor simboliza o sertão - apesar da dureza do clima árido, do sertão, mais do que sombra, com suas raízes e seus frutos, nos alimenta e sacia a nossa sede. Assim, a vida continua. Como disse Euclides da Cunha, no seu livro os Sertões - “o sertanejo é antes de tudo um forte”.
No último capítulo, Carlos deixa aflorar seu espírito aventureiro. Pois bem, nos leva a um passeio pelo mundo e revela seu lado Bon vivant e sua inesgotável experiência, em viagens nacionais e internacionais; o que faz do livro, também, uma fonte de pesquisa, para os que querem se aventurar.
Chega de conversa, agora é hora de ler e degustar do livro, bem como, de parabenizar, não a Carlos, mas a todos nós por poder conhecer um pouco da sua história e de como vive “UM MATUTO CAMINHANTE”.
Julio Marques Neto
Muito obrigado Júlio amigo.
ResponderExcluirMuito bom! Estarei no lançamento.
ResponderExcluirSilvino Crisanto.
Obrigado. Abraço.
ExcluirBom dia! Vou ficar atento.
ResponderExcluirMarconi Portela.
👏👏👏
ExcluirBom dia , caro amigo !
ResponderExcluirVendo a hora de me deitar numa rede e ler de cabo a rabo !
😂😂😂😂😂
ExcluirPouco a pouco vou lendo seu livro biográfico: muito bom!
ResponderExcluirObrigado.
ResponderExcluirMuito bom. Justa e merecida apresentação de seu livro. Que data irá lançar ?
ResponderExcluirObrigado. Pretendo lançar no 1o. Trimestre de 2024. Abraço.
Excluir👏👏👏👏👏
ResponderExcluirParabéns, Carlos Trigueiro! Ao ler a apresentação de “Um Matuto Caminhante” senti que conhecia parte deste livro. Vamos ao lançamento em 2024! Abraços, Regina Lyra
ResponderExcluir👏👏👏👏👏
ResponderExcluirOlá Carlos. Você ainda tem exemplares desses seus livros para serem adquiridos? Em caso positivo, me informe para eu lhe procurar. Um abraço e boa Festa de Nossa Senhora da Guia.
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