Estadao.com – 16/12/2010
Adriana Moreira e Paulo Vitor / CABACEIRAS
Casinhas coloridas, chão de paralelepípedo, um cenário agreste característico e a (quase) certeza de que a filmagem não terá de parar por causa da chuva. A combinação de tais características fez Cabaceiras cair no gosto dos cineastas e passar a usar, com orgulho, a denominação de Roliúde Nordestina.
Assim mesmo, com "r" e acento no "u". Está registrado em letras finas, branquinhas, no letreiro instalado na entrada da cidade. A filmografia de Cabaceiras soma mais de 20 títulos, incluindo sucessos como O Auto da Compadecida (2000) e Romance (2008), de Guel Arraes, e Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes.
Fundada em 1735, a cidadezinha de pouco mais de 5 mil habitantes manteve seu estilo arquitetônico. E tem hábitos bem característicos: em junho, realiza a Festa do Bode Rei, um surpreendente concurso de beleza caprino entre os animais criados na região. O Bode Rei é escolhido no primeiro dia da festa: nos outros, desfila com sua comitiva real (ou seja, outros bodes) pelas ruas da cidade. Para animar, muito arrasta-pé.
Como em todo Nordeste, o bode é fundamental para a economia de Cabaceiras - dele se aproveita desde a carne, servida nos restaurantes, até o couro.
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